Muntchako é a segunda atração do Festival Levada dias 17 e 18 de maio no Teatro Ipanema
Festival segue em junho e julho ocupando palcos no Centro e na Tijuca
O Festival Levada deu seu pontapé inicial com show do Kassin – dias 10 e 11 de maio – e agora segue com sua “Babel musical”, no Teatro Ipanema no mês de maio. Na segunda semana é a vez do trio Muntchako, que chega de Brasília para mostrar seu pop instrumental, que mistura forró, ska, rock, funk e até tango. Os shows acontecem dias 17 e 18 de maio, quinta e sexta, às 21h.
Em 2015, Samuel Mota (guitarra, banjo, programação e synths), Rodrigo Barata (bateria e samplers) e Macaxeira Acioli (percussão e samplers), trouxeram suas experiências em outros projetos – Sistema Criolina, Jah Live e Cabruêra, respectivamente – e se uniram em torno da vontade de fazer uma música sem fronteira, com uma variedade de ritmos e batidas. O resultado foi o Muntchako (Mundiais Tchatchatchas Nocauteadores), que proporciona um caldeirão efervescente de “porradas sonoras” que impedem o público de ficar parado. Bateria, percussão e guitarra, somados a synthis e samplers se harmonizam e resultam em uma mistura irresistível, “pra balançar o esqueleto”.
O cartão de visitas do Muntchako foram os dois singles de estreia: o remelexo suado “Coqueirinho Verde” e o narcotango batidão “Cardume de Volume, que contou com a participação especial da funkeira carioca Deize Tigrona. A música chamou a atenção da crítica e valeu o convite para abrir os shows das bandas Hypnotic Brass Ensemble e Orquestra Voadora, no Circo Voador. Em 2017, eles lançaram o primeiro CD independente, que levou o nome da banda com produção de Curumin e ilustrações de Shiko, grande artista paraibano. Com o novo trabalho pronto, o trio botou o pé na estrada, participando de vários festivais, no Brasil e na Colômbia.
Para o festival, a banda montou um repertório que reúne músicas já consagradas pelo público, as novidades do primeiro CD, como as músicas “Golpe” – numa alusão ao momento atual -, o funk rock afro “Emojubá”, “Rebola Chimbinha”, “Soc pow tum” e “Vitamina central”, entre outras. A expectativa é boa para o show.
– O Levada tem uma trajetória de muitas bandas e artistas de qualidade que já passaram pelo projeto. É muito bom compor esse mosaico musical com tanta gente bacana”, afirma Rodrigo.
A sétima edição do Festival Levada segue até o final de julho apresentando bandas e cantores das cinco regiões do país, divididos entre Teatro Ipanema (até 25 de maio, às 21h), no Teatro SESI (de 7 a 29 de junho, às 19h), no Centro; e no Centro da Música Carioca (de 5 a 27 de julho, às 20h), na Tijuca. Dessa forma, o festival chega em três regiões da cidade: Zona Sul, Centro e Zona Norte, um desejo antigo do idealizador, Julio Zucca, sócio da Zucca Produções e coordenador geral do Levada.
Com shows às quintas e às sextas-feiras, em horários variados, e ingressos a preços populares (R$ 20 e R$ 10 para quem paga meia entrada), o Festival Levada tem patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, da Secretaria Municipal de Cultura e da Oi – por meio da Lei de Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro – Lei do ISS.
Programação Levada 2018
TEATRO IPANEMA (Rua Prudente de Moraes, 824, em Ipanema).
Shows às 21h:
- Dias 17 e 18 de maio – Muntchako (Brasília, DF)– O trio brasiliense faz um som instrumental, uma mistura de elementos africanos, brasileiros e latinos e traz ao Levada o repertório do seu primeiro e homônimo álbum, produzido pelo Curumin.
- Dias 24 e 25 de maio – Illy (Salvador, BA)– Cantora baiana, radicada no Rio de Janeiro, lança “Voo longe”, produzido por Kassin e Moreno Veloso, com músicas de Arnaldo Antunes, Djavan, Capinan, Chico César e Jonas Sá, entre outros.
- Dias 31 de maio e 1o de junho – Trombone de Frutas (Curitiba, PR)– A banda, que faz uma mistura muito interessante de vários gêneros, do rock ao jazz, virá lançar “Chanti Alpïste “, o seu primeiro álbum.TEATRO SESI (Av. Graça Aranha, 1, no Centro). Shows às 19h:
- Dias 7 e 8 de junho – A Banda Mais Bonita da Cidade (Curitiba, PR)– Liderada pela vocalista Uyara Torrente, a banda lançou o seu terceiro álbum, “De cima do mundo eu vi o tempo” (2017), com a participação de Felipe Ventura.
- Dias 14 e 15 de junho – Alzira E (Mato Grosso do Sul, MS) – Parceira de Itamar Assumpção, irmã de Tetê Espíndola e mãe de Iara Rennó, a artista lançou “Corte”, eleito por boa parte da crítica como um dos melhores discos do ano passado.
- Dias 21 e 22 de junho – Laura Lavieri (São Paulo, SP)– A cantora que despontou no primeiro disco de Marcelo Jeneci, dividindo vozes, agora lança “Desastre Solar”, o seu primeiro álbum, produzido por Diogo Strausz, com músicas inéditas de Gui Amabis, Jonas Sá, Fernando Temporão e Marcelo Jeneci, entre outros.
- Dias 28 e 29 de junho – Mulamba (Curitiba, PR)– O sexteto feminino que combina sonoridades e traz, em seu discurso, questões sociais e de empoderamento feminino, virá cantar no Rio pela primeira vez.
CENTRO DA MÚSICA CARIOCA ARTUR DA TÁVOLA (Rua Conde de Bonfim, 824, na Tijuca). Shows às 20h:
- Dias 5 e 6 de julho – Ayrton Montarroyos (Recife, PE) – Além de compositor, Ayrton se destaca como um dos mais interessantes intérpretes da nova geração. Lançou seu primeiro disco em 2017, mesmo ano em que teve uma passagem bastante elogiada pelo programa The Voice.
- Dias 12 e 13 de julho – Luê (Belém, PA)– Lançou no final de 2017 o seu segundo disco, “Ponto de Mira”, com sonoridade mais eletrônica e produção de Zé Nigro, braço direito de Curumin.
- Dias 19 e 20 de julho – Romulo Fróes (São Paulo, SP) – Integrante do quarteto Passo Torto, é considerado um dos principais compositores paulistanos e prepara novo álbum de inéditas. Lançou um disco em homenagem ao sambista Nelson Cavaquinho, uma compilação de músicas suas gravadas por mulheres e um disco com o cantor mineiro César Lacerda.
- Dias 26 e 27 de julho – Pietá (Rio de Janeiro, RJ) – Formado por Frederico Demarca, Rafael Lorga e pela cantora potiguar Juliana Linhares, o trio mistura vários elementos da música popular brasileira e lança o seu segundo álbum, “Leve o que quiser”, com participações de Chico César, Claudio Nucci e Carlos Malta.
Um pouco mais sobre o Levada
Nas seis edições anteriores, o Levada apresentou 88 artistas, que se apresentaram para um público de mais de 12 mil pessoas. Pedro Luís, Siba, Lucas Santanna e Lirinha são alguns dos artistas mais famosos que já passaram pelo Levada, que também trouxe artistas que estavam prestes a despontar, como Ellen Oléria, Filipe Catto, Márcia Castro e Boogarins. Isso sem falar nas descobertas de Phill Veras, Aíla, Brunno Monteiro, Jaloo e César Lacerda.